E se um dia, ou uma noite, um demônio lhe aparecesse furtivamente em sua mais desolada solidão e dissesse: "Esta vida, como você a está vivendo e já viveu, você terá de viver mais uma vez e por incontáveis vezes, e nada haverá de novo nela, mas cada dor e cada prazer e cada suspiro e pensamento, e tudo que é inefavelmente grande e pequeno em sua vida, terão de lhe suceder novamente, tudo na mesma sequencia e ordem - e assim também essa aranha e esse luar entre as árvores, e também esse instante e eu mesmo. A perene ampulheta do existir será sempre virada novamente - e você com ela, partícula de poeira!" - Você não se prostaria e rangeria os dentes e amaldiçoaria o demônio que assim lhe falou? Ou você já experimentou um instante imenso no qual lhe responderia: "Você é um deus e jamais ouvi coisa tão divina!". Se esse pensamento tomasse conta de você, tal como você é, ele o transformaria e o esmagaria talvez; a questão em tudo e em cada coisa "Você quer isso mais uma vez e por incontáveis vezes? ", pesaria sobre o seus atos como o maior dos pesos! Ou o quanto você teria de estar bem consigo mesmo e com a vida para não desejar nada além dessa última, eterna confirmação e chancela?
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5 comentários:
não Lú, não estou em Sampa. Estou mesmo derretendo e quase tendo uma síncope com o calor aqui mesmo em SSA.
bjs
Temos a arte para não morrer da verdade.
oh sim, sim, sim, oh não, não, não.
Hj tem, amanhã não.
Oh sim, sim, sim, oh não, não, não...
a arte, a dança, a música, a luta, a ginga...história! Pra não morrer de verdades...
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